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As fraudes com criptomoedas atingiram um novo patamar em 2024, movimentando cerca de US$ 10 bilhões em esquemas fraudulentos. De acordo com um estudo da Chainalysis, o avanço da inteligência artificial (IA) tem sido um fator determinante para o crescimento desses golpes, que aumentaram 40% em relação ao ano anterior. A IA tem permitido a criação de identidades falsas altamente convincentes, dificultando a identificação de transações suspeitas e tornando os golpes mais sofisticados.
A utilização de inteligência artificial pelos golpistas está transformando o cenário das fraudes digitais. Os criminosos conseguem criar identidades sintéticas que se passam por usuários reais, burlando sistemas de verificação de identidade. Além disso, a IA é usada para desenvolver sites fraudulentos, deepfakes e anúncios enganosos, aumentando a credibilidade dos esquemas.
Entre os golpes mais sofisticados está o “pig butchering”, que combina pirâmide financeira com estelionato sentimental. Neste esquema, vítimas são persuadidas a investir quantias significativas de dinheiro com promessas de altos retornos ou por meio de falsas relações amorosas, apenas para perceberem que foram enganadas.
O estudo da Chainalysis também destacou o Huione Group, um conglomerado do Camboja que processou cerca de US$ 70 bilhões em transações ilegais desde 2021. Além de oferecer serviços lícitos, a empresa se tornou um dos principais facilitadores de crimes cibernéticos, fornecendo tecnologia para golpes e serviços de lavagem de dinheiro.
O Brasil também vem registrando um aumento expressivo nas fraudes financeiras digitais envolvendo criptoativos. Segundo a Polícia Federal e especialistas em cibersegurança, criminosos brasileiros adotaram técnicas internacionais, como deepfakes, phishing e falsas promessas de rentabilidade para enganar investidores.
Figuras públicas estão sendo usadas como iscas para golpes, onde empresas fraudulentas são promovidas em redes sociais como “oportunidades imperdíveis”. Essas práticas têm gerado prejuízos milionários para investidores desavisados.
As autoridades brasileiras, incluindo o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), têm intensificado os esforços para combater essas fraudes. No entanto, a falta de regulamentação clara ainda representa um obstáculo na punição dos envolvidos e na prevenção de novos golpes.
Os golpes com criptomoedas também abalaram a política internacional. Na Argentina, o governo de Javier Milei enfrenta uma crise após suspeitas de irregularidades no lançamento da criptomoeda $Libra. O ativo digital ganhou valor rapidamente com o endosso público de Milei, mas logo despencou em meio a denúncias de fraude.
A suspeita de que pessoas próximas ao governo lucraram ilegalmente levou Milei a ordenar uma investigação interna. Estima-se que mais de 40 mil pessoas foram prejudicadas pelo esquema, aumentando a pressão para regulamentação do mercado de criptoativos.
O avanço dos golpes com criptomoedas demonstra a necessidade urgente de medidas rigorosas para combater crimes digitais. Enquanto criminosos continuam a inovar suas técnicas, é essencial que autoridades, empresas e investidores fortaleçam suas estratégias de segurança.
A inteligência artificial, que hoje impulsiona as fraudes, também pode ser utilizada como ferramenta de defesa. O grande desafio é transformar a IA em uma aliada do bem, garantindo mais segurança e transparência para o ecossistema das criptomoedas.
Jorge Calazans é advogado especialista na área criminal, conselheiro estadual da Anacrim e sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, com atuação na defesa de vítimas de fraudes financeiras.
Reconhecido como uma das principais autoridades em fraude financeira no Brasil, Jorge Calazans e o escritório Calazans e Vieira Dias Advogados se destacam por sua defesa intransigente dos direitos dos investidores e na recuperação de ativos em casos complexos de fraudes, incluindo pirâmides financeiras e esquemas Ponzi.
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