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Um golpe nada mais é do que uma maneira de roubar dinheiro de pessoas sob falsos pretextos. Com Bitcoins, isso não é diferente! Em síntese, a principal característica de um “Golpe do Bitcoin”, em comparação com outras formas de roubar dinheiro, é que ele normalmente tira proveito da confiança e da negligência das pessoas. E por isso, assim como em qualquer outro tipo de negócio, todo o cuidado é necessário.
Hoje em dia, o mercado de criptomoedas não possui regulamentação o suficiente para proteger as pessoas contra golpes, e é por isso que a prática tem sido cada vez mais comum entre os usuários de moedas digitais. A princípio, como muitas pessoas tentam ganhar dinheiro investindo em novos projetos relacionados às criptomoedas, as ICOs – que em tradução livre refere-se a “Ofertas Iniciais de Moedas” – são uma das formas mais populares de cometer fraudes desse tipo.
Além disso, algumas criptomoedas emergentes usam o famoso Esquema de Ponzi, conhecido popularmente como “Pirâmide Financeira”. Logo, para evitar esses tipos de fraudes, é melhor usar uma plataforma de negociação ou câmbio verificada. Mas, como evitar sem conhecer? Então, para te auxiliar nesse assunto, trouxemos alguns pontos importantes a serem analisados. Acompanhe!
Em primeiro lugar, é importante destacar que a prática de “Pirâmide Financeira” é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular (Lei 1.521/51). Com promessas de retorno expressivo em pouco tempo, esses esquemas são considerados ilegais porque só são vantajosos enquanto atraem novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e então começa a entrar em colapso.
De acordo com o Federal Trade Commission, órgão de defesa do consumidor dos EUA, esses esquemas oferecem lucros baseados no recrutamento de novos participantes, e não na venda real de algum produto. Em alguns casos até há venda de produtos, mas normalmente eles são usados para ocultar o esquema fraudulento.
Algumas características frequentes nessa prática são:
No geral, são negócios atraentes, que prometem lucros exorbitantes e ganhos fáceis. Ademais, disponibilizam poucas informações sobre o produto vendido, a empresa e seus proprietários, e normalmente há somente um administrador, que centraliza os recursos recebidos.
Tudo começa a tomar forma quando o número de investidores está crescendo cada vez mais, e os mais antigos estão começando a resgatar os lucros prometidos. Mas, com o passar do tempo, o processo acaba estagnado. Ou seja, chega o momento em que as empresas começam a atrasar os saques.
Surgem então os primeiros rumores de desconfiança, e daí pra frente tudo tende a piorar. Isso porque, quando não conseguem pagar os resgates, as mentes por trás desse negócio começam a criar justificativas, como problemas operacionais ou ataques cibernéticos que causaram desvios de recursos. Passam a vir, dessa forma, sucessivos comunicados aos investidores, afirmando que os valores serão integralmente pagos, mas os problemas operacionais não permitem, pedindo então um tempo a mais até que tudo se regularize.
Chegamos então à etapa que a maioria dos “Golpes dos Bitcoins” estão hoje: a RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Por sua vez, essa fase é o momento em que a tal empresa assume ter problemas financeiros, mas busca uma reestruturação para dar um novo início aos pagamentos e saques aos clientes. Porém, a ação é tomada com intenção totalmente diferente do que alegam. Em outras palavras, a medida é a saída encontrada para distrair as autoridades e os investidores do destino do capital angariado.
Em suma, a ideia desse processo é tentar um acordo entre a empresa em crise e todos os credores dela (pessoas e/ou empresas que têm algo a receber). Claro, tudo sob a supervisão da Justiça.
A saber, a Recuperação Judicial, versão moderna da antiga concordata, tem início com um pedido da própria empresa que passa por dificuldades. Ela, portanto, ganha um fôlego com a suspensão temporária de cobranças, porém, precisa apresentar uma estratégia de recuperação.
Quem irá decidir se o plano é razoável são os credores, interessados em manter a empresa viva para que ela possa pagar o que deve. Assim, se tudo der certo, a devedora se reabilita e cumpre com suas obrigações.
No caso de fracasso, resta à empresa decretar falência e fechar as portas, enquanto credores disputam os recursos que sobraram. E, na maioria das vezes, quando se trata das empresas envolvidas nos Golpes dos Bitcoins, é o que acontece!
A falência vem pois, com o tempo, percebe-se que a empresa não tem mais condições de manter a renegociação e, por isso, o próximo passo é o pedido de falência. No entanto, cabe destacar que a Recuperação Judicial não é uma etapa indispensável para a falência. Em outras palavras, se a empresa devedora não pedir a recuperação, os credores podem entrar diretamente com o pedido de falência.
Como nos casos envolvendo Pirâmides Financeiras não há como dar certo um plano de recuperação, por se tratar da entrada de novos investidores para manter o esquema vivo, a própria empresa é quem decreta falência e, então, encerra suas atividades e “some”.
Dessa maneira, cabe ao Poder Judiciário e as corporações (Polícia Federal e Civil) agirem com urgência para pôr um fim nessa situação, obtendo resultados práticos que não prejudiquem ainda mais os mais recentes envolvidos.
Por isso, é preciso adotar todas as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de bens e pessoas, perdimento do proveito do crime, impedimento de atividades, tudo isso para evitar que o ciclo devaste ainda mais as economias de maneira criminosa.
Se você percebeu que está inserido num esquema de Pirâmide Financeira, denuncie! Isso impede que outras pessoas também caiam nessa enrascada, e que o esquema seja fechado de uma vez por todas. E tem mais: mesmo que você não esteja envolvido, mas desconfie de alguma empresa que um conhecido seu está dentro, ou até uma propaganda na Internet, vale a pena acessar o site do Ministério Público Federal da sua região.
Você pode denunciar pelo próprio site, ou se preferir, ainda pode entrar em contato por meio dos canais de atendimento ao cidadão. O Ministério Público, inclusive, disponibiliza uma cartilha sobre o tema. Nela, estão informações importantes sobre características das pirâmides, Leis e algumas perguntas que são úteis para se fazer ao se deparar com um possível golpe.
Reconhecido como uma das principais autoridades em fraude financeira no Brasil, Jorge Calazans e o escritório Calazans e Vieira Dias Advogados se destacam por sua defesa intransigente dos direitos dos investidores e na recuperação de ativos em casos complexos de fraudes, incluindo pirâmides financeiras e esquemas Ponzi.
Caso necessite de algum esclarecimento, ou conhecimento a respeito de algum caso que atuamos. Entre em contato conosco.