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Diretamente do Texas, nos Estados Unidos, um grupo de empresas, da qual também participava a Nui International / Nui Social, ofertava investimentos em criptoativos, fato que constitui contratos de investimentos mobiliários regulados em solo norte-americano. A promessa era de alta rentabilidade, de 3% a 7% semanalmente. Assim começou esse caso de pirâmide financeira, que chegou ao Brasil causando enormes prejuízos a quem acreditou nos investimentos.
Em meados de julho de 2018, ainda nos Estados Unidos, a Comissão de Valores Mobiliários americana foi acionada após o grupo cessar os pagamentos. Houve um processo administrativo e desse processo culminou uma ordem de proibição de atuação do grupo no mercado, em 2019. No ano seguinte, após também ser proibida de atuar em Utah, a liderança das empresas mirou um novo país: Brasil, onde operava com o nome de Nui Social.
Por aqui, as falsas promessas se repetiram, com índices de lucratividade inviáveis. O modus operandi eram semelhantes. A empresa promovia ofertas de investimentos, informando que era desenvolvedora de atividades de arbitragem em criptomoedas. O valor mínimo de investimento era de US$ 100, enquanto o máximo alcançava US$20.000, proporcionando um rendimento anual de 30%.
Além do alto valor de rendimento dos investimentos, aos investidores também eram oferecidos ganhos irreais com a admissão de novos membros – afiliados, indicados e construção de equipe – sendo até 10% em indicações diretas, 10% de bônus de equipe, além de até 2,5% em redes, com ganhos residuais diários.
O mesmo esquema também foi operado pelo grupo na África do Sul. Enquanto no Brasil o investidor lucraria 5% ao mês, na África do Sul a promessa de rentabilidade era de 400% em 250 dias, uma média de 1,6% ao dia, com mínimo de US$100. O investimento, contudo, nunca foi demonstrado e a rentabilidade jamais foi comprovada em nenhum dos países por onde o grupo atuava.
Para garantir ampla adesão de investidores, os operadores da pirâmide financeira selecionaram cuidadosamente algumas pessoas persuasivas e com muitos seguidores nas redes sociais. A missão delas era publicizar seus supostos sucessos financeiros com a Nui Social e, assim, atrair novos investidores. Com estratégias de marketing bem elaboradas, essas pessoas postavam em suas redes uma vida de alto luxo, anunciando que aqueles que desejassem vida parecida deveriam “se juntar à família”. Na verdade, uma armadilha para novas vítimas.
Como acontece em todas as pirâmides financeiras, quando o fluxo de novos investidores diminuiu, o esquema entrou em colapso e resultou em consequências financeiras devastadoras para essas pessoas que acreditaram no conto das altas rentabilidades. A partir daí, suspensão de pagamentos, impossibilidade de saques e um prejuízo de enormes cifras.
Para se defender das acusações dos investidores pela suspensão de pagamentos, a empresa chegou a alegar que alguns clientes haviam manipulado o sistema, anunciando a implementação de um backoffice, solicitando que todos enviassem documentação para corrigir possíveis falhas. Com a desculpa de necessidade de migração para um novo sistema e de realização de uma auditoria, a Nui Social estabeleceu um prazo de até 60 dias, que depois foi prorrogado, de modo que a “compliance” se estendesse até o final de abril deste ano.
“Esse coletivo de alegações e desculpas infundadas segue o mesmo procedimento de outras empresas fraudulentas, que operam irregularmente por meio de pirâmide financeira”, afirma o advogado Jorge Calazans, sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, especializado na defesa de vítimas de fraudes financeiras.
Recentemente, a empresa emitiu um comunicado onde anunciou plano para converter saldos dos investidores em tokens não fungíveis (NFTs) como forma de pagamento, desde que os afiliados beneficiados só possam vendê-los após um período de dois anos. O comunicado, claro, ampliou ainda mais os questionamentos e as queixas contra a Nui.
“As pessoas precisam entender que qualquer promessa de rendimento muito acima daquela praticada pelo mercado deve ser observada com muita desconfiança. Nesse meio, não há milagres de enriquecimento e a chance de ser mais uma fraude financeira é altíssima, o que exige do investidor interessado se cercar do maior cuidado possível e do máximo de informações antes de vir a se tornar mais uma vítima de pirâmide financeira”, conclui Calazans.
Especialista em recuperar ativos perdidos em investimentos fraudulentos, como pirâmides financeiras, esquema Ponzi, falsas corretoras e ofertas irregulares, o escritório Calazans e Vieira Dias Advogados apresenta em seu blog uma série de postagens relevantes ao tema. Para esclarecimento de dúvidas, informações e assessoria jurídica entre em contato conosco.
Reconhecido como uma das principais autoridades em fraude financeira no Brasil, Jorge Calazans e o escritório Calazans e Vieira Dias Advogados se destacam por sua defesa intransigente dos direitos dos investidores e na recuperação de ativos em casos complexos de fraudes, incluindo pirâmides financeiras e esquemas Ponzi.
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