O caso GR Canis Majoris evidencia como estruturas empresariais complexas foram usadas para dar aparência de legalidade a promessas de alto rendimento, atraindo milhares de investidores em todo o país. A CVM já havia alertado, desde 2017, sobre a atuação irregular da empresa e de seu fundador, Mateus Davi Pinto Lúcio.
Nos desdobramentos recentes, decisões judiciais passaram a reconhecer a existência de grupo econômico de fato entre a GR Canis Majoris, o Fundo Ultimate e a Florida Investimentos, abrindo espaço para responsabilização solidária de gestores, fundos e intermediários envolvidos no esquema.
A Ação Civil Pública ajuizada pelo Instituto de Proteção e Gestão do Empreendedorismo e das Relações de Consumo (IPGE) busca reunir as vítimas em um único processo coletivo, centralizando provas e aumentando as chances de recuperação de valores. O formato coletivo elimina custos processuais na fase inicial e permite que a responsabilização alcance múltiplos agentes do mesmo grupo econômico.