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Post: Caso Americanas: entenda tudo sobre a suposta “fraude”

Caso Americanas: entenda tudo sobre a suposta “fraude”

É claro que você ouviu falar sobre a situação das Lojas Americanas recentemente. Este ano, o estabelecimento já balançou todo o mercado com a saída do CEO Sergio Rural depois de dez dias no cargo.
Porém, a grande questão foi a solicitação da recuperação judicial que ocorreu em 19 de janeiro. Assim, a loja declarou uma dívida de 43 bilhões. Com essa situação, muitas pessoas ficaram receosas em realizar mais compras na Americanas.
Sendo assim, para diminuir o medo das compras na empresa vale compreender o que aconteceu e todos os detalhes da possível fraude. Veja a seguir mais informações sobre esse acontecimento.

 

O que houve?

 

Tudo começou quando Sergio Rial realizou um comunicado para o mercado no momento da sua saída da Americanas. O texto reportava a falta de R$ 20bilhões nos documentos do balanço financeiro da empresa.
Após esse momento, uma minuciosa análise mostrou que a dívida poderia chegar a R$ 40bilhões. É necessário explicar que a companhia realizava o pagamento dos fornecedores usando uma triangulação com bancos, porém os pagamentos não eram realizados e dimensionados, logo, gerou-se uma dívida.

 

Mas afinal, faliu?

 

Diferente do que muitos acreditam, a Americanas não faliu e segue aberta para seus clientes. As vendas estão acontecendo tanto nas lojas físicas como nas digitais, porém, esse é um momento de contenção de despesas e também realização da avaliação financeira.
Um exemplo do enfrentamento deste momento foi a saída da empresa do Big Brother Brasil onde atuava como patrocinadora. Em seu lugar, o Mercado Livre entrou para o grupo de parceiros do reality.
Neste momento, a companhia está passando por uma recuperação judicial na tentativa de realizar o renegociamento das dívidas. É claro que receberá o auxílio dos acionistas de referência. Eles são os três nomes que estão por trás da famosa Ambev: Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Beto Sicupira.
Vale lembrar que ainda existe risco de falir caso a empresa não consiga entrar em acordo com seus credores. Ou ainda não realizar o pagamento de novas dívidas podendo então entrar com um pedido de falência.


Como o dinheiro sumiu?


Basicamente, toda a situação aconteceu durante uma operação chamada “risco sacado”. Nela, a companhia realiza empréstimos com bancos com o objetivo de comprar materiais dos seus fornecedores.
Com isso, os bancos realizam a antecipação do valor para o fornecedor e depois a empresa faz o pagamento à instituição financeira incluindo os juros relacionados ao prazo do empréstimo.
O problema então surgiu quando esse processo não recebeu um registro correto no balanço financeiro. No documento, o valor foi descrito como uma despesa com fornecedores. Contudo, o correto seria elas estarem computadas na área de dívidas financeiras.
Esses erros passaram despercebidos pois não ocorreram apenas no ano de 2022. A estimativa é que o período com dívidas computadas de maneira errada possa estarem cinco a dez anos.


E o mercado?


É claro que a chegada dessas informações abalou profundamente o mercado financeiro. Logo no dia seguinte da notícia, as ações da empresa já haviam caído 77,3% e acabaram fechando o dia em R$2,72.
A carteira do Ibovespa não registrava uma queda tão grande desde o ano de 1994,de acordo com dados do Valor Data. É claro que a queda das ações demonstra a diminuição da confiança na empresa. Por esse motivo, depois do anúncio, a reputação da marca foi atingida.


É possível se recuperar?


Sim, a empresa pode conseguir se reerguer, porém esse processo pode não ser tão fácil. Segundo os credores e investidores da Americanas, agora a necessidade é uma injeção de capital.
Assim como vimos anteriormente, os principais acionistas da empresa são os três nomes por trás da Ambev. Eles possuem uma participação considerável, chegando a 31,13%. Desde o começo do escândalo, eles mostraram apoio à empresa. Contudo, há questões que circundam o valor que deverá ser usado para resolver o problema.
O que é possível saber é que depois que a empresa realizou o pedido de recuperação judicial, seus acionistas de referência se ofereceram para manter a liquidez. Isso significa que, por conta dessa ajuda, a empresa continua funcionando.


Qual o papel da Americanas agora?


Neste momento, os analistas explicam que a empresa precisa se desfazer de aquisições mais recentes que não possuem ligação com o que a empresa tem de principal em seu negócio.
Podemos citar como esses serviços: rede Natural da Terra e Hortifruti. Outra opção é a rede VEM que possui parceria com a Vibra. Vale lembrar que esta última são lojas de conveniência.
Contudo, mesmo que termine seu vínculo com todas essas empresas citadas, a injeção de capital ainda é uma necessidade para a recuperação da loja. Agora, resta aguardar seus sócios auxiliarem neste ponto tão importante.


O que esperar do futuro?


Depois de toda a discussão e a tentativa de solicitar apoio de seus investidores, a empresa tem algumas possibilidades para o futuro. Se o pedido de recuperação judicial tivera aceitação, a empresa fica 180 dias protegida dos credores.
Contudo, o passo que a companhia deseja é apresentar seu plano de recuperação dentro de 60 dias para a Justiça. Contudo, ele precisa primeiro receber a aprovação dos credores para, só então, ser colocado em prática.

Dr. Jorge Calazans

Dr. Jorge Calazans

Reconhecido como uma das principais autoridades em fraude financeira no Brasil, Jorge Calazans e o escritório Calazans e Vieira Dias Advogados se destacam por sua defesa intransigente dos direitos dos investidores e na recuperação de ativos em casos complexos de fraudes, incluindo pirâmides financeiras e esquemas Ponzi.

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