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Post: Entenda o caso Rental Coins

Entenda o caso Rental Coins

Entenda o caso Rental Coins

As criptomoedas estão em alta já há alguns anos, tanto em debates quanto em investimentos e, principalmente, em polêmicas. Não raras vezes, esquemas criminosos envolvendo essas moedas digitais são divulgados na imprensa nacional e internacional. E um dos mais recentes suspeitos é a Rental Coins.

A Rental Coins é uma empresa que se apresenta como uma exchange, ou seja, uma plataforma que oferece um ambiente “seguro” para a troca e negociação de criptomoedas e outros ativos. No entanto, ela vem sendo acusada justamente por uma prática que vai na contramão da “segurança” que supostamente deveria garantir.

A empresa faz parte de um dos vários negócios do ramo de criptomoedas sócio-administrados por Francis Silva. O empresário, que representa também a Forcount e Compralo. A primeira, inclusive, já foi acusada de se tratar de nada mais nada menos do que um esquema de pirâmide – acusação que perdura também para a Rental Coins.

 

Polícia Civil e Ministério Público investigam a Rental Coins

 

A Rental Coins virou manchete de jornais ainda no início de 2022, quando a Record divulgou uma reportagem sobre denúncia de investidores. No entanto, antes mesmo disso, a empresa já havia recebido dezenas de reclamações bastante pontuais no Reclame Aqui, plataforma de avaliação de empresas. Todas tinham o mesmo teor: descumprimento do contrato.

Clientes afirmam que a exchange deixou de pagar os rendimentos prometidos em contrato. Segundo aponta a reportagem da Record, os investidores depositavam um certo valor em criptoativos da empresa com a promessa de um rendimento de mais de 7% – mas não por ano, e sim por mês.

 

As condições de rendimento, que se mostram irreais e praticamente impossíveis para o mercado financeiro, despertaram a atenção das autoridades. A atenção passou a ser dobrada quando muitos vieram a público dizer justamente que os valores não estavam mais sendo repassados, e que não tinham como sacar seus investimentos.

 

Atualmente, a Rental Coins está sendo investigada tanto pela Polícia Civil quanto pelo Ministério Público do Paraná. O processo corre em sigilo na Justiça, e pouco se sabe se está ou não avançando. Francis, por sua vez, já veio a público afirmar que o atraso nos pagamentos é resultado de uma “reestruturação da empresa”, e que renegociações estão sendo realizadas.

 

Centenas de processos contra a Rental Coins

 

Assim como as demais empresas associadas a Francis Silva, a Rental Coins também está sendo alvo de diversos processos. São centenas, para ser um pouco mais exato. A grande maioria de casos semelhantes aos citados anteriormente: de pessoas que alegam não estar recebendo os rendimentos e serem impedidas de retomar seus investimentos.

No meio disso tudo, sobrou até mesmo para famosos. A modelo Sasha Meneghel, filha da famosa apresentadora de televisão Xuxa, e seu marido, João Figueiredo, estão processando a Rental Coins. O casal alega que não conseguiu reaver o dinheiro investido na empresa e que, por isso, decidiram ingressar com uma ação.

 

O processo foi impetrado em abril de 2022, com pedido de indenização por dano material, danos morais e obrigação de reparação de danos. E engana-se quem pensa que o casal é o único entre os famosos que também estão se movimentando contra a empresa de criptomoedas.

 

A família Janguiê, conhecida principalmente pelo famoso empresário Janguiê Diniz, também está movendo uma ação contra a Rental Coins. Eles alegam que tiveram um total de mais ou menos R$ 25 milhões ao investir na exchange.

 

A defesa da família, inclusive, se manifestou sobre o caso. Segundo os advogados, a Rental Coins parecia ser legal, mas tinha como base uma ação fraudulenta. Mas você pode até estar se perguntando: qual tipo de fraude exatamente ela praticou?

 

Suspeitas apontam para pirâmide financeira

 

Apesar do processo ainda não ter sido concluído e nenhuma figura ter sido punida, as suspeitas apontam para um esquema de pirâmide financeira envolvendo a Rental Coins. Isso porque o modus operandi da empresa de criptomoedas é praticamente o mesmo de outras deste e outro setor que foram condenadas pelo crime.

 

A pirâmide financeira funciona da seguinte forma: uma empresa oferece um rendimento fora do comum para o investidor com base em um investimento x, com a possibilidade de crescimento a partir de indicações. Acontece que o esquema só funciona enquanto novas pessoas vão entrando, uma vez que os novos abastecem os antigos. Quando essa engrenagem para de girar, a pirâmide colapsa.

 

Dr. Jorge Calazans

Dr. Jorge Calazans

Reconhecido como uma das principais autoridades em fraude financeira no Brasil, Jorge Calazans e o escritório Calazans e Vieira Dias Advogados se destacam por sua defesa intransigente dos direitos dos investidores e na recuperação de ativos em casos complexos de fraudes, incluindo pirâmides financeiras e esquemas Ponzi.

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