fbpx

Precisa de ajuda? Não hesite em nos contatar.

Post: Caso Metaverso Assessoria de Investimentos e o esquema fraudulento

Caso Metaverso Assessoria de Investimentos e o esquema fraudulento

A Metaverso Assessoria de Investimentos LTDA está no centro de uma investigação por operar um suposto esquema fraudulento que teria lesado centenas de investidores em todo o Brasil. A empresa, sediada em Cuiabá (MT), é acusada de prometer rendimentos fixos mensais entre 5% e 7%, utilizando uma estrutura que apresenta características de pirâmide financeira e esquema Ponzi. Segundo as autoridades, a Metaverso usava registros regulatórios de forma indevida para transmitir credibilidade e atrair vítimas.

 

Apresentava-se como Agente Autônomo de Investimentos registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas ultrapassava os limites dessa categoria ao gerir carteiras e oferecer produtos próprios, o que é proibido pela regulamentação da CVM. Além disso, a empresa operava sem autorização do Banco Central, o que configura crime financeiro conforme o artigo 16 da Lei nº 7.492/1986. A captação ilegal de recursos e a oferta pública irregular de investimentos sem registro também enquadram a atuação da Metaverso no artigo 7º da mesma lei, que prevê penas de até oito anos de prisão.

 

Os sócios Alan Augusto Pires Costa e Jonathan Rosa Vieira Bispo criaram uma rede de empresas com nomes similares, como Metaverso Soluções Digitais e Meta Pay Instituição de Pagamentos, para reforçar a ilusão de um grupo sólido e diversificado. Em 2022, a Metaverso passou a operar abertamente, prometendo altos retornos com supostos investimentos no agronegócio, construção civil e tecnologia. Os registros da empresa eram parciais e desconexos com sua atuação real, e um dos sócios possuía credenciais como gestor de carteiras, mas sua atividade extrapolava os limites legais.

 

Em outubro de 2024, a empresa suspendeu pagamentos e resgates alegando bloqueio bancário pelo BTG Pactual, o que não foi comprovado. Logo depois, entrou com pedido de recuperação judicial, mas a Justiça indeferiu a solicitação por inconsistências e falta de documentação. A ausência de recurso contra essa decisão levanta suspeitas de que a estratégia visava apenas ganhar tempo e evitar um colapso imediato.

 

O caso apresenta uma série de crimes financeiros e contra a economia popular. Além da emissão irregular de valores mobiliários, pode ser enquadrado como gestão fraudulenta, conforme o artigo 4º da Lei nº 7.492/1986, e como crime contra a economia popular, previsto na Lei nº 1.521/1951, devido à dependência da entrada de novos investidores, algo típico de pirâmides financeiras. Também há indícios de estelionato, conforme o artigo 171 do Código Penal, e de violação do artigo 171-A, introduzido pela Lei nº 14.478/2022 (Marco Regulatório dos Criptoativos), que trata da oferta fraudulenta de investimentos com ativos virtuais.

 

Além disso, a estrutura da Metaverso pode configurar organização criminosa segundo a Lei nº 12.850/2013, já que há divisão de tarefas, diversas empresas envolvidas e indícios de continuidade delitiva. O esquema representa uma nova geração de fraudes financeiras no Brasil, cada vez mais sofisticadas e amparadas por uma aparência de legalidade, utilizando marketing estratégico, registros seletivos e uma linguagem técnica para confundir órgãos reguladores e investidores.

 

Diante desse cenário, é essencial que as vítimas busquem assessoria jurídica especializada para ingressar com ações judiciais que visem o bloqueio de bens e a recuperação de valores desviados. Quanto mais cedo forem tomadas medidas legais, maiores são as chances de reaver o dinheiro perdido. Paralelamente, as autoridades seguem investigando a estrutura real do grupo Metaverso, a origem dos recursos e possíveis operações de lavagem de dinheiro.

 

O alerta continua: mesmo com aparência de legalidade e promessas de altos retornos, todo investimento envolve riscos, especialmente quando as garantias parecem boas demais para ser verdade.

 

Dr. Jorge Calazans

Dr. Jorge Calazans

Reconhecido como uma das principais autoridades em fraude financeira no Brasil, Jorge Calazans e o escritório Calazans e Vieira Dias Advogados se destacam por sua defesa intransigente dos direitos dos investidores e na recuperação de ativos em casos complexos de fraudes, incluindo pirâmides financeiras e esquemas Ponzi.

Precisa de Ajuda?

Caso necessite de algum esclarecimento, ou conhecimento a respeito de algum caso que atuamos. Entre em contato conosco.

Atendimento WhatsApp

(13) 9.9623-0499

Acesso Rápido

Serviços

Nosso Escritório

© 2025 Calazans & Vieira Dias Advogados. Todos os direitos reservados.